Produtores da região de Cosmópolis durante curso da cultura do abacaxi
Aconteceu no último dia 11 de abril, na CATI, Cosmópolis, o curso
da cultura do abacaxi. Os cursos sobre fruticultura destinados a agricultura
familiar, vêm como alternativa a citricultura no município de Cosmópolis e
região. Segundo André Luiz Xavier de Macedo Barreto, engenheiro chefe da Casa
de agricultura (CATI) em Cosmópolis, o valor pago pela caixa de laranja está
muito abaixo do esperado, então, foi acionado todos os Escritórios de
Desenvolvimento Rural (EDR) para
viabilizar novos projetos para a agricultura familiar. "Cosmópolis,
pertence ao EDR de Mogi Mirim. Eu como Chefe da CATI de Cosmópolis, orientei
projetos de fruticultura como maracujá, abacaxi e a nova olericultura",
afirma Barreto.
O município de Cosmópolis já conta com a economia da
olericultura, com o Projeto da Nova Olericultura o agricultor deverá focar a qualidade,
a CATI está focando o plano de venda e aquisição de alimentos, o PAA, PNAE e o
PPAIS, pra alcançar resultados o agricultor dever apresentar além de quantidade
a qualidade, estabelecendo aí uma nova dinâmica no campo.No mês de maio, a CATI
realizará o curso de Horticultura Folhosa, para qualificar os produtores. A CATI
Cosmópolis está aberta a outros municípios de outros EDR.
Além disso, a CATI junto com Secretaria de Agricultura de Cosmópolis
adquiriu mudas clonadas de abacaxi e fez um campo experimental voltado para
produção de mudas com o objetivo da Prefeitura de redistribuir aos agricultores
para poder divulgar e ampliar a cultura. "O campo experimental foi
organizado 1000 mudas em 400m², uma área relativamente pequena bem espaçado
para obtermos um número maior de mudas. Estamos focamos o produtor que esteja interessado
na produção comercial", afirma Barreto.
Ryosuke Kavati, técnico agrícola da CATI Lins, administrou o
curso para os agricultores, destacou que a viabilidade econômica do abacaxi
depende muito da atuação do profissional na cultura que é totalmente
imprescindível para torná-la viável. “Têm operações que não conseguimos nos
livrar da mão de obra, pela não evolução tecnológica ainda precisamos realizar
a colheita manualmente", afirma Kavati. A cultura do abacaxi exige emprego
razoável de mão de obra e é sazonal. Em regiões que tradicionalmente cultivam o
abacaxi, a mão de obra já está adaptada na própria região.
Para quem vai iniciar a cultura do abacaxi, 40% do custo são
mudas. “Não é uma cultura que entrou hoje e sai a hora que quiser. Para um
hectare de abacaxi eu planto 4 hectares pela quantidade de mudas disponíveis.
Para viabilizar a cultura devemos colocar uma meta e visionar onde a região
quer chegar como um Projeto coletivo. A comercialização do abacaxi no estado de
São Paulo é realizada na porteira, o interessante é criar um ponto de venda de
um grupo. O produtor rural do Estado de São Paulo está envelhecido , não têm
quem assuma as propriedades a curto prazo. Num grupo fica muito mais fácil
viabilizar, orienta Kavati.
Ryosuke Kavati, técnico agrícola da CATI Lins
Capa da edição 128 do Jornal Pires Rural - 17/04/2013
[Matéria publicada originalmente na edição 128 do Jornal Pires Rural, 17/04/2013 - www.dospires.com.br]
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