Jornal Pires Rural - Há 13 anos revelando a agricultura familiar

sábado, 29 de junho de 2013

A viabilidade econômica do cultivo do abacaxi depende muito da atuação do produtor

Produtores da região de Cosmópolis durante curso da cultura do abacaxi


Aconteceu no último dia 11 de abril, na CATI, Cosmópolis, o curso da cultura do abacaxi. Os cursos sobre fruticultura destinados a agricultura familiar, vêm como alternativa a citricultura no município de Cosmópolis e região. Segundo André Luiz Xavier de Macedo Barreto, engenheiro chefe da Casa de agricultura (CATI) em Cosmópolis, o valor pago pela caixa de laranja está muito abaixo do esperado, então, foi acionado todos os Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDR)  para viabilizar novos projetos para a agricultura familiar. "Cosmópolis, pertence ao EDR de Mogi Mirim. Eu como Chefe da CATI de Cosmópolis, orientei projetos de fruticultura como maracujá, abacaxi e a nova olericultura", afirma Barreto.
O município de Cosmópolis já conta com a economia da olericultura, com o Projeto da Nova Olericultura o agricultor deverá focar a qualidade, a CATI está focando o plano de venda e aquisição de alimentos, o PAA, PNAE e o PPAIS, pra alcançar resultados o agricultor dever apresentar além de quantidade a qualidade, estabelecendo aí uma nova dinâmica no campo.No mês de maio, a CATI realizará o curso de Horticultura Folhosa, para qualificar os produtores. A CATI Cosmópolis está aberta a outros municípios de outros EDR.
Além disso, a CATI junto com Secretaria de Agricultura de Cosmópolis adquiriu mudas clonadas de abacaxi e fez um campo experimental voltado para produção de mudas com o objetivo da Prefeitura de redistribuir aos agricultores para poder divulgar e ampliar a cultura. "O campo experimental foi organizado 1000 mudas em 400m², uma área relativamente pequena bem espaçado para obtermos um número maior de mudas. Estamos focamos o produtor que esteja interessado na produção comercial", afirma Barreto.
Ryosuke Kavati, técnico agrícola da CATI Lins, administrou o curso para os agricultores, destacou que a viabilidade econômica do abacaxi depende muito da atuação do profissional na cultura que é totalmente imprescindível para torná-la viável. “Têm operações que não conseguimos nos livrar da mão de obra, pela não evolução tecnológica ainda precisamos realizar a colheita manualmente", afirma Kavati. A cultura do abacaxi exige emprego razoável de mão de obra e é sazonal. Em regiões que tradicionalmente cultivam o abacaxi, a mão de obra já está adaptada na própria região.
Para quem vai iniciar a cultura do abacaxi, 40% do custo são mudas. “Não é uma cultura que entrou hoje e sai a hora que quiser. Para um hectare de abacaxi eu planto 4 hectares pela quantidade de mudas disponíveis. Para viabilizar a cultura devemos colocar uma meta e visionar onde a região quer chegar como um Projeto coletivo. A comercialização do abacaxi no estado de São Paulo é realizada na porteira, o interessante é criar um ponto de venda de um grupo. O produtor rural do Estado de São Paulo está envelhecido , não têm quem assuma as propriedades a curto prazo. Num grupo fica muito mais fácil viabilizar, orienta Kavati.     

Ryosuke Kavati, técnico agrícola da CATI Lins

Capa da edição 128 do Jornal Pires Rural - 17/04/2013


[Matéria publicada originalmente na edição 128 do Jornal Pires Rural, 17/04/2013 - www.dospires.com.br]

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