Jornal Pires Rural - Há 13 anos revelando a agricultura familiar

domingo, 30 de junho de 2013

Citricultura: Fruta de mesa é o melhor negócio

O Brasil pode incluir o suco de laranja nos lares da família brasileira. 


A erradicação da citricultura paulista virou um "consolo" para aqueles que produziam somente pra a indústria. Frustrados com o atual cenário de preços muito abaixo do esperado, estoques jamais calculados na indústria, o citricultor quer partir para outras culturas. A estimativa é de quebra de 30% na produção de citrus no Estado de São Paulo.
A exportação de suco de laranja para Estados Unidos e Europa já é coisa do passado, quando nós, brasileiros dávamos somente a eles a capacidade econômica de se alimentar melhor, pagando por um cardápio que inclui o suco de laranja diariamente. Ora, o Brasil já dispõe de um cardápio que pode incluir o suco de laranja. Seja nas instituições e redes de ensino, seja nos lares da família brasileira.
O problema, hoje, é termos consumidores brasileiros dispostos a pagar por fruta de qualidade e a roça não poder oferecer esse alimento porque destinou toda a sua produção para um só cliente; a indústria. Supõe-se, então, que a situação não é tão crítica o quanto imaginávamos! Existe uma saída. O que está ocorrendo é uma mudança no cenário de crise da citricultura onde alguns atores que já conseguiram visionar o negócio antes da concorrência, estão obtendo melhor remuneração. Aquele que oferecer a melhor fruta será mais bem remunerado na concorrência de mercado onde o consumidor final é o seu patrão.

A nossa região não dispõe mais de tangerinas ponkã.
Igor Tetzner, citricultor e comerciante de frutas, está adquirindo frutas em Campanha, MG. "A safra em Minas Gerais está um pouco atrasada, mas eles têm disponibilizado frutas para São Paulo e Rio de Janeiro a R$ 11,00 a caixa no pé, prevendo alta nos preços no final do ano em função da queda na produção. Outro fator que vai colaborar para a alta nos preços (da laranja de mesa) é o espaço entre as safras, situação que não estava ocorrendo há dois anos consecutivos. Em função disso tivemos que conviver com frutas de qualidade inferior", afirma Tetzner.
Segundo Tetzner, a indústria Cutrale deverá oferecer R$ 7,00 pela caixa, com porcentagem na participação da tonelada do preço do suco concentrado. O comerciante destaca que o citricultor que deseja um preço melhor deve procurar o sindicato Rural Patronal e participar dos leilões que o governo dispõe com preço mínimo melhor que o oferecido pela indústria.

[Matéria publicada originalmente na edição 128 do Jornal Pires Rural, 17/04/2013 - www.dospires.com.br]


Capa da edição 128 do Jornal Pires Rural - 17/04/2013



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