Jornal Pires Rural - Há 13 anos revelando a agricultura familiar

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Uma nobre iguaria na culinária internacional.



Tiago Pereira trabalha há 3 anos na Truticultura Cachoeirinha em Campos do Jordão, propriedade de Cesar Shimizu Brisighello. O inicio da criação dos peixes se deu a 20 anos em um bairro afastado 15 km do agito de Campos do Jordão, o bairro Parque Ferradura. A intenção do proprietário foi encontrar um lugar sossegado para iniciar a criação da truta arco-íris, na época o local não tinha acesso à energia elétrica e nem existia vizinho, mas era ideal para a criação das trutas, pois era rico em água corrente de excelente qualidade e na temperatura ideal. Começaram a construção dos tanques e o represamento das águas de seis nascentes existente na propriedade que enche os 9 tanques e depois corre pra formar o Rio da Prata. Os primeiros peixes foram adquiridos para terminar a engorda e mais tarde começou a fazer reprodução com as desovas do peixe manualmente em seu criadouro. Em cada tanque existe um tamanho de peixe que ficam nadando contra a correnteza e se alimentam de 4 a 6 vezes ao dia com rações especiais produzidas em Penha, Santa Catarina.
Com o tempo ganhou o apoio da Estação de Salmonicultura de Campos do Jordão que iniciou a pesquisa com as trutas, podendo oferecer alevinos e ovos fecundados. Localizada no Horto Florestal, essa Estação Experimental de Salmonicultura de Campos do Jordão, é vinculada ao Pólo Regional do Vale do Paraíba, da APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, produz cerca de 2 milhões de ovos do peixe por ano.
Segundo Tiago, este ano irão adquirir ovos fecundados da Estação de Salmonicultura, “vamos comprar os ovos em 3 etapas para que os peixes não cresçam todos iguais. Chegando aqui separamos em aquários com 2 dedos de água e vamos retirando os ovos que não se desenvolveram. Esse trabalho dura uns dois meses, quando os alevinos atingem 30 gramas levamos para os tanques. Após 11 meses a truta atinge o peso de 350 gramas, que é ideal para consumo. Com a limpeza retirando vísceras e espinhos ela perde quase 55% de seu peso, sendo uma refeição com aproximadamente 280 gramas”. Outras características relatadas por Tiago são que a truta em seu ambiente natural chega ao peso de 15 quilos e desde que foi introduzida no Brasil, por volta da década de 50, ainda não conseguiu se reproduzir em nossos rios de forma natural.





A área da Truticultura Cachoeirinha tem 50 mil metros, porém apenas 15 mil são usados para a criação das trutas e lago para pesca. No local você pode saborear a truta fresca que acabou de fisgar ou escolher uma para o preparo na hora de deliciosos pratos. Tiago destaca que a finalidade da Truticultura é “manter o próprio restaurante e o pesque e pague. Eventualmente vendemos para restaurantes amigos. Nossa capacidade de produção é cerca de 1 tonelada por ano. A truta se tornou um peixe muito conhecido, porém o nosso público maior são os turistas das capitais. Devido às características da truta; ser exigente na qualidade e temperatura da água, se alimentar no mínimo 4 vezes ao dia, levar um ano para atingir o peso para abate, nadar contra a correnteza, queimando muita caloria, assim gerando uma carne muito saudável e muito saborosa ela é um peixe de preço mediano, o quilo é vendido por cerca de R$15,00”, completou Tiago Pereira.

[Matéria publicada originalmente na edição 129 do Jornal Pires Rural, 02/05/2013 - www.dospires.com.br]


Capa da edição 129 do Jornal Pires Rural

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